Pensar que o senador Weverton Rocha (PDT) poderá contar com o apoio de Braide em seu projeto de chegar ao Palácio dos Leões na sucessão de Dino é muito temerário, até porque o futuro prefeito de São Luís tem projeto próprio de se reeleger e concorrer ao governo do estado em 2026, ou seja, não terá o menor interesse em embargar numa futura candidatura do pedetista.
Já no seu discurso da vitória, ainda no calor da euforia, o novo prefeito da capital se quer mencionou o apoio recebido dos pedetistas no segundo turno. Agradeceu apenas o empenho do deputado Neto Evangelista (DEM) em um discurso carregado de ódio contra o governador.
Políticos experientes ouvidos pelo blog ainda não conseguiram entender o que passou pela cabeça dos dirigentes do DEM e do PDT quando praticamente romperam com o governador para não apoiar o representante do grupo, Duarte Júnior, que, em caso de vitória, abriria mão de, no mínimo, mais de 50 mil votos obtidos em São Luís em sua eleição de deputado estadual e ainda manteria unificada a base do governo. Só porque é o partido do vice-governador?
Carlos Brandão, quer queiram ou não, é o candidato natural em 2022, mas sem direito a reeleição, podendo ser Weverton o próximo sem o menor risco de esfacelamento do bloco que permitiu sua eleição ao Senado, porém, ao invés de seguir o caminho natural e declarar apoio a Duarte preferiu fortalecer o adversário que vai usar a Prefeitura como trampolim para disputar o governo, alerta inclusive feito pelo governador Flávio Dino durante o segundo turno.
Em política não existe espaço para birra. E parece que foi isso que moveu DEM e PDT ao bandearem para o lado do adversário, o que só vai criar dificuldades para eles num futuro bem próximo.
O tempo se encarregará de mostrar a pisada na bola que deram. Duarte, mesmo com todos os seus problemas de relacionamento, era um mal menor.
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