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13 setembro 2025

Polícia Civil identifica suspeito de assassinar influenciadora Grampola em São Luís


A Polícia Civil do Maranhão informou, nesta sexta-feira (12), que já identificou um suspeito pelo assassinato da influenciadora digital Grampola, morta a facadas no bairro Ribeira, zona rural de São Luís. Até o momento, ninguém foi preso. O caso está sob investigação da Superintendência de Homicídios, que apura a motivação do crime.

Suspeita de ligação com dívidas de drogas

Segundo informações preliminares, a polícia aponta que o homicídio pode estar relacionado a dívidas de drogas, descartando, num primeiro momento, a tipificação de feminicídio. No entanto, familiares e testemunhas seguem sendo ouvidos para esclarecer os fatos.

Quem era Grampola

Grampola, de 41 anos, era uma mulher trans bastante conhecida em São Luís por seus áudios humorísticos que viralizaram nas redes sociais. Ela também ficou marcada pelo apelido de “Rainha dos Áudios”. A morte ocorreu justamente no dia do seu aniversário.

Testemunhas relataram que a influenciadora foi vista pedindo socorro em via pública, já ferida com diversos golpes de faca. Grampola ainda chegou a ser levada a uma UPA, mas não resistiu.

Violência contra pessoas trans em São Luís

O caso de Grampola ocorreu poucos dias após o assassinato de outra mulher trans na capital. Na última segunda-feira (8), o corpo de Amanda Falcão, de 33 anos, foi encontrado em uma área de mangue no Aterro do Bacanga.

Esses dois episódios recentes acenderam o alerta para a violência contra pessoas trans em São Luís. Movimentos sociais e lideranças do Maranhão afirmam que estão acompanhando de perto os casos e irão cobrar ações do poder público.

Reação do movimento trans

Raíssa Mendonça, psicóloga, defensora dos direitos humanos e ativista da causa trans, destacou a urgência em enfrentar a violência:

“Nós já entramos em contato com o Conselho Estadual e com o Fórum Estadual. Vamos solicitar, com urgência, uma reunião com o secretário de Segurança Pública, porque precisamos de parceiros para combater essa violência contra a nossa comunidade.”