Em Codó, a situação é estarrecedora: seis homicídios em menos de 24 horas, além de um possível feminicídio, onde uma jovem grávida foi assassinada, crime que choca pela crueldade e pela violação mais extrema do direito à vida. O caso revolta a população e reacende o debate sobre a proteção às mulheres, especialmente em um estado que já convive com índices elevados de violência de gênero.
Em Bacabal, a barbárie também se manifestou de forma simbólica e cruel. Um indivíduo descrito como truculento matou um cachorro, episódio que, além de configurar crime, reflete o nível de brutalidade e desprezo pelas leis, sinalizando uma sociedade adoecida pela violência cotidiana.
Na Baixada Maranhense, o cenário não é menos grave: quatro homicídios em apenas 48 horas, números que revelam uma região abandonada à própria sorte, onde o medo passou a fazer parte da rotina das famílias.
Em São José de Ribamar, moradores relatam uma escalada constante da criminalidade, com assaltos, violência urbana e sensação permanente de insegurança. Já em Pinheiro, um assalto a banco escancarou a ousadia das organizações criminosas, que agem à luz do dia, desafiando o Estado e suas instituições.
Diante desse quadro, cresce o temor de que o fim de ano seja marcado por ainda mais sangue, agravado pelo aumento natural da circulação de pessoas, festas e consumo de álcool, fatores que historicamente elevam os índices de violência quando não há policiamento eficaz e estratégias preventivas bem definidas.
A pergunta que ecoa nas ruas, nas redes sociais e nas comunidades é direta e inevitável:
Governador Carlos Brandão, onde está a segurança pública do Maranhão?
A população cobra ações imediatas, reforço do policiamento ostensivo, inteligência policial eficiente, presença do Estado nas áreas mais vulneráveis e políticas públicas que vão além do discurso. Não se trata apenas de números, mas de vidas perdidas, famílias destruídas e uma sociedade refém do medo.
O Maranhão não pode se acostumar com a violência como se fosse algo normal. O Estado precisa reagir com firmeza, planejamento e responsabilidade. O silêncio e a inércia custam caro — custam vidas.
A sociedade aguarda respostas. E, sobretudo, medidas concretas.
