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03 dezembro 2025

Vereador Aldir Júnior defende trajetória construída e critica “sucessão familiar automática” no Maranhão

Em declaração rara pela frontalidade, o vereador de São Luís Aldir Júnior afirmou que a discussão sobre a sucessão política perpetuada por grupos familiares representa um “retrocesso” para o Maranhão. Para ele, o Estado não pode simplesmente “entregar o emprego de governador” a alguém que não tenha uma trajetória eleitoral consolidada — algo que, segundo Aldir, corrompe o mérito em nome de herança política.

“A minha linha de raciocínio é a mais óbvia possível”, afirmou Aldir durante entrevista, ao rebater críticas de incoerência. Apesar de também fazer parte de uma família política, ele explicou que escolheu “construir” sua carreira com “calma e paciência”, conquistando seu espaço por meio de votos consistentes e trabalho no mandato, e não pela força de sobrenomes. Em suas palavras:

“Se um dia eu tiver que ser governador de estado, prefeito de São Luís, senador, deputado federal — tem que haver mais mérito da minha parte do que ajuda.”

Para ele, o eleitor hoje valoriza o que o candidato realmente fez — suas ações, sua postura, suas propostas — mais do que o nome ou a herança familiar. Assim, defende que cada político trilhe seu próprio caminho.


Contexto atual e os riscos da herança política no Maranhão

Nos últimos anos, a política maranhense tem sido marcada por disputas intensas envolvendo famílias influentes, alianças e sucessões que muitas vezes dependem mais de laços do que de mérito ou apoio popular. Casos recentes no Brasil mostram que essa prática — quando não questionada — tende a gerar insatisfações na população e questionamentos sobre legitimidade e representatividade.

Para Aldir Júnior, esse cenário precisa ser contestado. Ele propõe que o “fôlego político” de cada candidato seja fruto de uma trajetória própria, de lutas, projetos e identificação com o eleitor — e não de sobrenomes já conhecidos.

Esse posicionamento, embora carregue certa contradição (já que ele mesmo é ligado a uma família política), espelha um sentimento crescente de insatisfação popular com o chamado “poder hereditário” na política — e revela que há quem defenda a renovação por meio do mérito.


A voz de Aldir: coerência política e apelo ao mérito

Quando questionado se havia sido coerente em suas palavras, Aldir Júnior foi enfático: sua fala não só foi coerente, como guiada pela “linha mais óbvia possível”. Ele defendeu que mérito, resultados concretos e trajetória consolidada devem ser os pilares de qualquer candidatura — e que a construção desse capital político requer tempo, dedicação e uma relação real com o eleitor.

Sua defesa não visa denegrir o histórico de ninguém, mas enfatizar que “nada pode ser na base do empurrão de força”. Ele alerta também que o eleitor não olha mais para o passado de sobrenomes, e sim para quem o candidato se tornou — sua referência, sua coerência e o que representa para a cidade ou estado.


O que isso significa para o Maranhão e para a eleição de 2026

Com o cenário eleitoral já se movimentando para 2026, suas declarações ganham relevância. Caso a mensagem de Aldir reverbere entre eleitores — especialmente os mais jovens ou insatisfeitos com velhas oligarquias —, ela pode influenciar debates sobre renovação, representação e legitimidade.

Além disso, ao se colocar como voz dissonante dentro de um ambiente marcado por heranças políticas, Aldir pode atrair simpatizantes que buscam mudança e lideranças com perfil de construção democrática, gradual e merecida.

Por fim, o posicionamento dele pode gerar reflexões mais amplas sobre o papel das famílias políticas no Maranhão — e sobre a necessidade de que cargos públicos sejam ocupados por quem tem compromisso e história de serviço, e não apenas por quem carrega nome de tradição.

veja na integra o video da reportagem: